Escrito por Josue Salamanca (Solutions Architect)
Por que a Automação de Engajamento do Cliente Falha — e Como Corrigir Isso
A maioria das empresas investe fortemente em tecnologia de automação de engajamento do cliente, mas poucas alcançam resultados consistentes e escaláveis. Na Minders, mesmo em parceria com a Braze — uma das plataformas de automação de engajamento mais avançadas do mercado — vemos constantemente que o problema raramente está na ferramenta em si. A verdadeira lacuna é a ausência de um modelo operacional claro que transforme ideias em execução disciplinada.
Nossa experiência mostra que, sem estrutura, os esforços de automação permanecem fragmentados, lentos e dependentes de contribuições individuais, em vez de capacidades organizacionais.
Quando as organizações adotam uma abordagem sistemática, o impacto muda drasticamente: a execução acelera, a qualidade se torna repetível e as equipes ganham a confiança e a clareza necessárias para inovar em escala.
Um programa de automação de engajamento do cliente bem-sucedido se baseia em cinco pilares fundamentais:
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Um ciclo de engajamento claro que funcione como o sistema operacional que move o trabalho da ideia ao lançamento.
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Uma estrutura organizacional que combina equipes de capacitação com expertise técnica em martech.
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Um modelo de governança que garante qualidade, consistência e conformidade em todas as iniciativas.
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Uma abordagem descentralizada de inovação que empodera equipes, mantendo o alinhamento estratégico.
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Uma disciplina de medição focada em resultados — não apenas em atividade.
Juntos, esses pilares criam um sistema repetível — que transforma a automação de engajamento de campanhas isoladas em uma capacidade estratégica e escalável que gera valor contínuo ao longo do tempo.
Pilar 1 — Um Ciclo Claro: O Sistema Operacional da Automação de Engajamento do Cliente
Escalar a automação de engajamento do cliente na Braze exige mais do que criatividade ou domínio da plataforma — requer um ciclo de trabalho claro e compartilhado, que defina como o trabalho avança da ideia ao impacto. Um ciclo não é burocracia; é o ritmo operacional que assegura consistência, qualidade e velocidade em todo o programa de automação.
Abaixo está o ciclo de cinco etapas que recomendamos, baseado em implementações reais com a Braze, projetado para minimizar ambiguidades e aumentar a responsabilidade.

1.1 Ideação e Solicitação — Uma Maneira Estruturada de Capturar Boas Ideias
A ideação deve acontecer por meio de um canal centralizado, como um portal interno onde os colaboradores possam enviar solicitações de automação estruturadas.
Isso garante que as ideias cheguem “prontas para projeto”, reduzindo retrabalho e acelerando a execução. Também permite priorizá-las com base em impacto e viabilidade.
1.2 Construção e Testes — Um Ambiente Seguro para Criar e Validar Jornadas
Após a aprovação, as equipes precisam de um ambiente seguro para construir sem riscos. Isso requer um ambiente de desenvolvimento Braze dedicado, onde os colaboradores possam criar fluxos no Canvas, testar lógicas, acionar eventos e simular jornadas sem impactar usuários reais.
Exemplos:
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Usuários de teste e eventos sintéticos para validar lógica
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Verificação de personalização, segmentação e ramificações
1.3 MTP (Move to Production) — Governança e Proteção da Plataforma
Ninguém fora do centro de excelência de automação deve ter acesso ao ambiente de produção na Braze. Por isso, o MTP é uma etapa formal de validação que assegura que as automações estejam em conformidade com os padrões de qualidade e segurança antes de irem ao ar.
Inclui:
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Revisão pela equipe de produção
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Verificação de conflitos com jornadas existentes
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Alinhamento de agendamento, limite de frequência e volume
1.4 Produção — Impacto Real com Usuários Reais
Com a aprovação, a automação é lançada no ambiente de produção da Braze. A prioridade agora é a estabilidade e o acompanhamento do comportamento em escala.
1.5 Análise Pós-Lançamento — Fechando o Ciclo
Automatizações raramente são permanentes. As jornadas evoluem, o comportamento do cliente muda, e as prioridades do negócio também. A análise pós-lançamento avalia se a automação continua gerando valor.
Inclui:
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Avaliação do impacto com base nos KPIs definidos na solicitação
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Identificação de pontos de abandono na jornada
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Decisão entre iterar, escalar ou descontinuar
Este ciclo garante que a automação seja contínua — e não um fluxo unilateral.
Por Que Esse Ciclo Funciona
Esse modelo reduz ambiguidade, acelera a execução e assegura governança da plataforma. Ele transforma a Braze em um motor de automação de engajamento do cliente escalável, em vez de um conjunto de fluxos desconectados. E, o mais importante, prepara a organização para a descentralização com segurança.
Pilar 2 — As Equipes por Trás da Escalabilidade da Automação de Engajamento
Mesmo o melhor ciclo de trabalho falha sem as equipes certas por trás. Em programas de automação de engajamento do cliente, o modelo operacional mais eficaz conta com dois grupos distintos: a Equipe de Capacitação e a Equipe de Especialistas.
2.1 Equipe de Capacitação — Empoderando Desenvolvedores Cidadãos
Essa equipe expande a adoção da automação em toda a organização. Seu papel é facilitar a participação, mesmo para colaboradores sem conhecimento técnico profundo da plataforma.
Responsabilidades:
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Promover o uso da automação
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Orientar a qualidade das solicitações
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Ajudar colaboradores não técnicos
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Direcionar para treinamentos (ex: Braze Academy)
2.2 Equipe de Especialistas — Guardiões Técnicos da Plataforma
Essa equipe garante que tudo seja tecnicamente sólido, esteja em conformidade e siga as boas práticas da Braze.
Responsabilidades:
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Resolver casos complexos (segmentações avançadas, múltiplos canais, lógica personalizada)
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Realizar revisões MTP antes de qualquer automação ir ao ar
Esse modelo de dupla atuação promove autonomia com segurança.
Pilar 3 — Governança: Padrões, Treinamento e Controles de Qualidade
À medida que mais equipes criam automações na Braze, a governança assegura que a automação de engajamento do cliente continue consistente e segura.
Áreas-chave:
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Padrões de Design: nomeações, documentação, estrutura
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Portas de Qualidade: validação obrigatória (ex: MTP)
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Higiene da Plataforma: arquivar fluxos antigos, eliminar duplicidades, revisar segmentos e eventos trimestralmente
Boa governança acelera a execução, reduz erros e aumenta a confiança na automação.
Pilar 4 — Descentralização Controlada da Automação de Engajamento
Com a maturidade do programa, a execução pode ser descentralizada com segurança.
Os três habilitadores:
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Treinamento estruturado (com recursos internos e Braze Academy)
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Autonomia controlada (apenas desenvolvimento; produção é com a Equipe de Especialistas)
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Onboarding contínuo de novos colaboradores no ciclo
Esse modelo aumenta a capacidade sem criar gargalos.
Pilar 5 — Medindo o Que Importa na Automação de Engajamento do Cliente
A medição conecta a automação aos resultados de negócio. O foco não é medir atividade, mas sim impacto.
Perguntas essenciais:
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A automação gera receita, retenção ou aumento de LTV?
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Qual % dos contatos está automatizada?
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Quanto valor incremental foi gerado?
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O tempo entre ideia e lançamento diminuiu?
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Quantas equipes contribuem ativamente?
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Houve economia operacional com automações?
Conclusão: Transformando Automação de Engajamento em Vantagem Competitiva
As empresas que se destacam em automação de engajamento do cliente não são as que têm as ferramentas mais avançadas — são aquelas que sabem como operacionalizá-las.
Com um ciclo claro, equipes capacitadas, governança eficaz, descentralização segura e foco em resultados, a automação se torna uma vantagem estratégica contínua.
O modelo é simples. A disciplina para executá-lo é o que diferencia os líderes.
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